sábado, 28 de agosto de 2010

Ele todo o ocupava

No dia em que tudo aconteceu, ele não sentiu a felicidade instantânea que achou que aconteceria. Foi mais como um alívio, tão grande e inesperado que fez um vácuo dentro dele. Se sentia oco, pronto pra preenxer tudo com novas emoções.

Apesar da grandiosidade que creditáva-se ao ato, ele sabia que assumir sua homossexualidade era apenas a decoração final de um processo que se iniciava a muito tempo.
Em tempos em que dificilmente se distingue uma blusa de um vestido, em que as roupas mal se equilibram penduradas no cabide devido a extrema falta de pano, ele ainda era do tipo que admirava elegância. Facinava-o mulheres de pernas longas com saia lápis e terno. Cabelos longos e cedosos que serviam como molduras que mais ocultavam do que mostravam os delicados rostos.Ah, esses rostos que antes de belos eram inteligente, quase que uma fina camada de pele ocultando cérebros brilhantes, delineados por belas sobrancelhas...ele ainda era um homem de sobrancelhas...


A culpada disso tudo era essa facinação. Ele se sentia tão atraido por um tipo de mulher que já não existia mais, que passou repelir todo as outras que não cumpriam com esse padrão e se voltou para a única outra opção de gênero na terra.
Os homens não lhe causavam facínio algum, o que era uma vantagem, assim também não lhe causavam asco. Eram em sua maioria brutos, sinceros de mais e práticos, não esperava mais que isso deles.

A praticidade sempre o agradou. Na verdade, estava cansado de máscaras e joguetes sociais, queria trocar tudo isso pela praticidade de ser simplesmente ele. Estava cansado de ser o que os outros esperavam que ele fosse, de ser o que ele sempre foi. Queria experimentar parar de incobrir a si mesmo.

E foi naquele dia, oprimido por todas essas vontades que gritou ao mundo quem ele realmente era. Não estava apaixonado, não amava a ninguém mais do que a si mesmo e por isso mesmo não se preocupava mais com rótulos...
Por isso nunca disse que era gay, porque não sabia se o era, os outro que por pressumosto o tomavam...ele não se importava, porque sabia que todo aquele oco era seu. Aquele espaço todo... ele todo o ocupava.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Feliz Aniversário Cá

Pessoas queridas são aquelas que despertam nosssas melhores lembranças dentro da gente, mesmo que elas não saibam nem que essas lembranças existem.

Pessoas especiais são aquelas que fazem valer a pena até os dias mais amargos.

Pessoas amadas são aquelas que acordam e dormem com a gente, passam o dia todo pendurados na nossa clavícula e a gente nem percebe...elas são a parte invisível de nós mesmos.

Pessoas, pessoas... obrigada todas vocês por existirem na minha vida, as ruins, as bondozas, as alegres, as tristes, as passageiras, as marcantes...todas todas...voces fazem parte disso tudo!

Meu conceito de vida após a morte ideial consiste em que pudéssemos ver o quanto marcamos a vida de cada pessoa... e depois mostraríamos nossa própria vidrassa íntima com todas as impressões deixadas por quem manipulou nossa vida!

A minha vidrassa tem inúmeras marcas, grandes, pequenas, permanentes, quase desaparecendo... formando um mosaico lindo e ainda em construção...permantente!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Psico Killer

O que será que leva uma pessoa a matar outra?


Apenas um impulso de ódio extremo, sensação de impunidade, necessidade quase que fisiológica, aplacar o próprio sofrimento?


Com os sentimentos que levo hoje no meu coração acho mais pertinente fazer uma outra pergunta: O que será que leva uma pessoa a NÃO matar outra?


Posso dizer que no momento, no meu caso, a única coisa que me impede de cometer tal ato é a falta de armas e talvez o medo de ser pega.


Nunca fui tão explícita na minha raiva porque acho que nunca tive tanta raiva de uma única pessoa.
Ninguém pode inflingir mal maior à outra pessoa do que a umilhação, por isso não sinto a mínima culpa de querer fazer ele sentir mais dor do que ele jamais sentiu em toda a vida. Eu sinto que se ele sentir dor, todo meu sofrimento vai embora.
Nada mais justo, uma vez que ele é o culpado por carregar um ego tão etumessido e imbecilizado, por ele ser essa pessoa tão cruel que não consegue olhar ao redor e perceber que existem pessoas à sua volta.


Pensando bem, acho que só não mato ele, porque sei que no fundo a culpa é toda minha.
Como diria meu pai "quando a cabeça não pensa o corpo padece" , eu escolhi mal quando quis ficar com ele... agora eu que sofra por ter que lidar com o gênio mais escroto do mundo, que antes eu achava até que um charme.


"ai que gracinha ele é escrotinho"
Agora se fode sua imbecil!

sábado, 14 de agosto de 2010

Sabado a noite tudo pode mudar...

Dia frio e parado...
Me deu vontade de comer fondue e ver um filme no edredon com meu namorado.
Como não tenho namorado, resolvi ir ler Drummon, igualmente prazeroso!
Com a vantagem que o Drummon jamais vai cobrar que eu seja o que eu não quero ser.

Se fosse Vinícius, provavelmente eu ja não teria tanta sorte, ele com certeza me proibiria de comer enquanto lia seus versos, afinal "as muito feias que me desculpem mais beleza é fundamental", o mesmo sendo aplicavel para às gordas.


E viva o meu sábado a noite

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nosso pensamento é nosso

"Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.Que medo é esse de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar doi."

Um sábio uma vez me disse...
E eu sabiamente resolvi interiorizar...
Assim sendo, hoje a coisa que mais valorizo me sorri do outro lado do espelho e diz " Bom dia linda, amo você"

E o mais incrivel é que isso não é solidão, é companhia constante.
É incrivel como tudo muda com um pouco de lágrimas e aprendizado!