quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Hiperglicemia Feelings

Passando por aqui como quem grita de noite no travesseiro
Um alívio tímido e temporário de quem nao tem mais palavras pra dizer.
Seria melhor o silencio, mas ele ecoaria alto de mais se somasse com o silencio que vai dentro do coração e da alma
O corpo oco vazio e calado....e os ecos

"Pra pedir silêncio eu berro
Pra fazer barulho eu mesma faço, ou não..."

No momento seria melhor o caos do que toda essa certeza escrota
Caótico então será....


Amendoas de m&m's sao mais doces do que só m&m's, mas amendoas sao sementes (ou frutas secas?) sem açucar, o que em si seria uma contradição.
Contradição seria comer amendoas de m&m's compulsivamente esperando que todo o açucar fosse capaz de expurgar o mal de dentro e no entanto reclama quando quase vomita de hiperglicemia. Isso eh contradição.
Hiperglicemia é quando tem açucar de mais no sangue. Muito açucar que tinha a função de expurgar por dentro, acabou só sendo neurotóxico e trasformando-se em gordura. Adipócitos aumentados sem nada expurgado por dentro, porque provavelmente tinha é que jogar açucar em todo mundo de fora pra adiantar alguma coisa.
Contradiçao nao sao as amendoas nem o expurgo, contradição é o bigode que deveria ser feito. No rosto tao lindo
O bigode sai!
E nada mais fica
A nao ser esse caos
E o silencio...


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Respect

"A o instante da chegada
E o momento da partida" - Pedro Bandeira

"Simbolos? estou farto de símbolos!
Que o sol seja um símbolo, está bem.
Que a lua seja um símbolo, está bem.
Que a terra seja um símbolo, está bem.
Mas que símbolo é, não o sol, não a lua, não a terra,
mas a costureira que para vagamente à esquina
onde se demorava outrora com o namorado que a deixou?
Símbolos?Não quero símbolos!
Queria que o namorado voltasse para a costureira" - Fernando Pessoa


Tem a ver com todo esse momento teletubies stile "é hora de dar tchau", mas passa também por esse momento estar contente sem ser triste e querer apenas que seja bom.
Bom não necessariamente significa ótimo...mas pra que essa perfeição estupida?
Apenas "sorria e acene" Dê seu tchau sabendo que não vai virar um adeus porque nunca vira, assim como nunca vira um "oi, estou aqui" é sempre esse meio termo. Entre o péssimo e o ótimo, nunca nem um nem outro.

E se na vida a verdadeira felicidade é o equilibrio, estoy aqui happiness


sábado, 20 de agosto de 2011

Todo mundo nu

Se cada um de nós é pelo menos 3 ou 4 de nós, sinto informar que há um grupo de eu triste por ai.

A da casa tá cansada da tensão peri-hospital, peri-reforma, do dia-a-dia-filha-mais-velha (com ou sem hifens e tudo junto), que tudo sabe, nada é poupada, que mais ainda enxerga, que se envolve em toda a alma e no entanto sendo só a segunda prateleira da árvore genealógica nada pode fazer além de torcer, rezar e continuar enxergando tudo melhor que as outras prateleiras.

A da medicina anda obcecada por currículos. papeis, gráficos, dados, palestras, provas, e todo tipo de pseudo-ciência que muito envolve do "saber" e pouco acrescenta da essência do que realmente, e provavelmente, é a medicina. Longe dos pacientes e perto das doenças, longe, muito longe de ser tudo aquilo que eram os sonhos, bem perto da mediocridade.

A dos espíritos está esperando que o apocalipse venha a porta e diga "e ai, qual que é?" pra voltar a estudar (essa sim, uma das verdadeiras sabedorias), se dedicar, e arrumar toda a bagunça que devem estar esses outros planos ( a saber pela medida dos sonhos que a dos espíritos anda tendo).

Ainda tem a das poesias que anda com os olhos cheios de lágrima, molhando paginas por ai, a do time que anda tão desapontada, a das músicas que nunca mais se ouviu, a do amor, tão desesperadoramente aborrecida de tudo que anda vendo, sentindo, cheirando e ouvindo que deixou só a ausência de lembrança.


"Tudo somado, devias,
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho" - C.D. Andrade




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lupus Like

Não era a vagabundagem do seu pseudo-intelectualismo, não era a corcunda derrotista precipitada, não era a falta de dinheiro nos bolsos, não era aquele radicalismo contra o sistema que apenas justificava a derrota sem, no entanto, jamais aproxima-lo da vitória, não eram os olhos baixos e tristes e suplicantes, não era a falta de fé, não era todo aquele sarcasmo machucado da vida, mas aquela cara de lobo. Os pelos na cara, as manchas avermelhadas no rosto, o cabelo mal penteado e todo aquele aspecto, sem outra definição me atenho a repetição, de lobo! Era o lobo quem me irritava constantemente.
Porque o lobo desmentia tudo. Não era possivel ser um acomodado bonzinho E com cara de lobo. Lobos não eram derrotados precocemente, não tinham descrenças na vida porque sempre foram os lobos que a comandaram.
O mundo não tinha espaço para suplicas, para truques de sorte do destino, para reviravoltas bem vindas, apenas para trabalho, malandragens, ambições e lobos.
E ali na minha frente havia um lobo derrotado. A antíteses de todos os preceitos, ali estava o lobo ferido e acuado me pedindo carinho como fuga de toda aquela sabotagem da vida. No inicio me rendi aos olhos pidões e tristes.
Mas pelo por pelo no rosto que eu ia achando, cada marca bexiguenta na cara que eu identificava, comecei a identificar o lobo e pesando cada atitude e cada momento eu não via mais meu coitadinho, a pessoa derrotada pela vida, mas eu via os dentes na minha direção, e eu a presa, pronta pra muda-lo em lobo, de uma vez pra sempre.
Foi entao que fugi e deixei-o largado sozinho. Mais um golpe da vida, nessa vida já tão arranhada, mas ninguém nunca mandou nascer com cara de lobo


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Dos olhos vermelhos

Eram aqueles olhos pisados lacrimejantes e vermelhos que tão bem conhecia. O lápis e o delineador muito longe de contornarem os olhos, àquela altura apenas delimitavam pseudo-hematomas no canto da face. Não fosse todo aquele álcool podia jurar que era até bonita, ou talvez exatamente pelo efeito dele, parecesse absolutamente linda.
Sempre desconfiava de pessoas lindas. Homens, mulheres, fossem o que fossem não tinha como confiar em alguém que não conhecia a dor de ter que desenvolver as outras habilidades da convivência humana. Ser simpática, sorrir, vestir-se bem, fazer piadas nos momentos adequados e parecer inteligente. As vezes pensava que talvez de fato conseguiria ser realmente inteligente se não perdesse tanto tempo tentando parecer que era.
Mas olhando bem, assim bem de perto, o que incomodava mesmo não era o nariz, que em alguns meses e um pouco mais de coragem iria se concertar com a plástica, mas aquelas sobrancelhas curtas de mais, como se não aguentassem segurar todo o mistério.
Nunca tinha sido boa com mistérios, a ansiedade sempre fazia estragar tudo. Não aguentava principalmente aquele mistério do "final feliz" e preferia acreditar na certeza de que ele não viria. Era uma forma de jamais ter de admitir que, pela primeira vez, não estragou a surpresa, fingindo já saber e ainda assim podendo ser surpreendida. Na verdade era o que mais queria, que a felicidade surpreendesse. Estava cansada daquela falta de movimento que não permitia nem ficar triste, se tinha os olhos vermelhos era do cansaço e das lentes de contato.
As lágrimas tinham ido embora, alguns meses depois do Pedro ter ido também...e o Rafael, e o Bruno, e o Lucas, e o Marcos...como se cada um tivesse levado de recordação apenas uma lagrima, mas já tinha dado tantas que não sobrou mais pro resto da vida... até o Cizenio tinha levado as dele, imagine só com esse nome, e aquele papo do clarinete, bem que merecia o reembolso das lagrimas levadas.
Pensando bem não era assim tão mal...talvez antes do nariz pudesse mesmo colocar uns peitos. É definitivamente seriam os peitos. Bom mesmo seria poder fazer tudo de uma vez. Se bem que melhor seria guardar tudo e viajar; talvez comprar aquelas almofadas coloridas pro sofá branco, mas principalmente viajar.
Era triste ter que admitir o quanto realmente agradava a ideia da fuga, julgava forte os que ficavam, os que viviam com seus demônios ali na redondeza, todo dia, acordando cedo, pagando contas, levando chutes. Mas que raios, porque não podia conviver com os demônios em Madrid? Leva-los pra passear de repente? Com certeza assim seria fácil ser forte.
E pra que toda essa força? Eles nem reparavam... tinha certeza que o melhor eram as dondocas, todo homem gostava de um sexo frágil. Sexo... se bem, de que adiantava, ninguém nem reparava, com aqueles olhos vermelhos ainda pra ajudar, e esse cabelo curto;a merda da moda é que ela vai embora antes dos fios terem tempo de crescer, e além do mais...
Cinco de manhã e amanhã começava tudo de novo
A primeira coisa seria comprar um colírio



" Olhei até ficar cansado de ver os meus olhos no espelho"



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Jung, as mascaras e nada relacionado a isso!

E volto a escrever exclusivamente pelo amor que sinto por esse blog. Sim, totalmente narcisista. Ao extremo de normalmente nem me importar de ver nos posts antigos quem foi que comentou. No fundo por si só as pessoas não interessam, interessa a impressão que temos delas dentro da gente.

Por isso passei mais de mes sem postar, porque tentei mudar. Queria falar menos do interior, o interior é banal, todo mundo sabe de amores mal resolvidos, todo mundo sabe de angustias de faculdade/trabalho, todo mundo, se todo mundo sabe qualquer babaca letrado escreve e a minha intenção de escrever é sempre pra fugir do bolo.

Só que então pensei em porquês.
Porque mudar, se o que interessa é dentro de mim? Oque eu escrevo sai de dentro de mim, e na verdade o que eu escrevo é, e sempre foi, a melhor expressão de mim, o que, então, eu estou tentando mudar? E porque mudar?
Talvez eu quisesse voltar a escrever por desafio; fazer rimar é muito mais dificil que simplesmente vomitar as angustias. Fazer ser entendida por sua vez, muito mais dificil do que rimar. mas nenhum desses, jamais vai ganhar da grafia (semantica? ), o trabalho de Hércules mais dificil do jardim da infancia.
E então eu li. E li. E reli até sair pedaços meus em letrinhas mal digitadas pelas orelhas (e nesse ponto quase me entreguei, não na semantica, mas na minha propria arte anatomica e comecei digitando ouvido. Pobre ouvido, gostava tanto quando ele existia.Não vou com a cara dessa tal de orelha interna) e eu vi que realmente pouco importa que seja ruim, a melhor audiencia desse blog e de qualquer outra coisa vinda do meu interior, é, foi e sempre será o meu próprio interior.

Do interior, para o interior, sendo que o interior é o que interessa!
Cara, puxa vida, que fantástico!

É, esse é o tipo de bizarrisse que o meu interior não se importa em ler. Ele também não se importa que eu não tenha absolutamente mais nada pra diz e que eu não saiba concluir meu "texto".


Acaba aqui.


para todos os outros que não são meu interior o resumo é: eu queria escrever bem e não consigo. Eu tentei e falhei e preferi continuar escrevendo mal do que não escrevendo. Eu estou feliz mesmo assim.
Att Camila Vaz ( a da metalinguagem)


domingo, 22 de maio de 2011

No donuts for you!

"O site acessado não tem certificado de segurança lalalá, reticências..."
Deseja continuar no site?
[x]continuar mesmo assim [ ] permanecer em segurança

Quão filosófico pode ser o aviso de segurança do Google Chrome na cabeça obviamente histriônica e (opcionalmente) ociosa de uma mulher no domingo a tarde...
Quantas vezes meus livros, meu cobertor e umas barrinhas de chocolate tem sido meu aviso de segurança, me dizendo "cara, fica ai...lá fora pode não ser tão legal, nem quentinho, nem aconchegante, você realmente vai se dar ao trabalho?" permanecer em segurança além de tudo é cineticamente mais facil!
O problema é quando você ignora a tela vermelha que te diz loucamente pra ficar na sua, só pelo prazer de ignorar a inércia, o sentido óbvio e os avisos, que não são poucos: "deseja continuar MESMO assim?" como quem diz, MESMO que provavelmente não valha a pena,MESMO que depois voce vá se frustrar, MESMO que depois talvez seja tarde de mais pra voltar a segurança, MESMO que não adiante de nada porque o mundo inseguro será inóspito com voce,MESMO que, como eu ja disse, o certificado de segurança esteja vencido...depois só nao diga que eu nao avisei!

E lá vai voce se aventurando sem segurança alguma só pelo prazer de...pelo prazer de que mesmo?

"nada de bom pode acontecer depois das duas da manhã"...
Somado ao aviso do Google, devia ser suficiente pra nunca mais sair de baixo do meu cobertor, me maxucando por ai!

terça-feira, 3 de maio de 2011

That's all right because I love the way it hurts

Eventos sociais me expõe a essa realidade que nao consigo descrever mas que fazem me sentir como se sempre tivesse uma enorme saudades do que foi, mesmo nao achando que o que É seja ruim...
Mas é que agora vai fazer um ano..ou será que faz 4, ou talvez seja mesmo 21!

Talvez porque eu mereça, talvez porque eu precise, talvez porque seja pra ser assim...só que nao sei se consigo lidar com todos esses talvez, por todo esse tempo.

It's like 10 thousand spoons when all you need is a knife!



domingo, 10 de abril de 2011

Something wrong now i know from yesterday

Hoje acordei "de lágrima fácil. Qualquer sentimento que tivesse algo a ver com a ternura me causa um nó na garganta que nem sempre consigo dominar"
Só me toquei disso quanto tava estudando pelo powerpoint da professora de pato pra prova de quarta. Uma velinha fofa, mas que não dá, não consegui prestar atenção na aula dela por mais que quisesse. O resultado foi que na ultima aula ela desistiu de continuar a aula pras 10 pessoas que ainda foram pra sala, porque as 10 estavam dormindo. Então, hoje, domingo, dia que nao se deveria correr atras das aulas nao assistidas, eu vi que no começo da aula dela tinha um planetinha com particulazinhas rodando em torno dele, fofo, assim como ela que se deu ao trabalho de colocar isso lá pra 10 pessoas que dormiram!
Deus sabe o quanto esse meu bulling nao planejado e descoberto tardiamente me doeu o coração! Dá vontade de ir la abraçar ela e pedir desculpas "professora nao foi de propósito, sua aula não é ruim, é que andamos muito cansados, abrindo mão de algumas aulas que nao julgamos extremamente essenciais para ter um tempinho pra gente! Me desculpe" e não seria mentira! O problema é que nao vai acontecer, nao sou nobre o suficiente pra me expor pedindo desculpas por causa de um planetinha, e ai provavelmente deixamos la uma feridinha. Ou provavelmente ela nem ligue, mas a feridinha em mim ja fez!
Ai como nao consigo nao viver x coisa sem abstrair 550x coisas dessa x coisa, me veio o seguinte pensamento: quantas vezes não sofremos por atitudes impensadas dos outros que na verdade não tinham nada a ver com a gente, ou quantas vezes ferimos pessoas sem nem sequer saber que tinhamos esse alcance!
O "bulling pós infancia" deve ter o mecanismo parecido com o bulling comum. A ofensa tem mais a ver com o estado de quem ofende do que em si com o ofendido. Mas a mágoa com certeza é mais avassaladora em quem sofre.
Semana passada conversei com um hoje amigo, antigamente inimigo da escola, um dos tantos que me xingavam no primário e ele falou "cá, a gente te zuava porque se a gente não zuasse você iam acabar zuando a gente" e eu que só me toquei da verdade absoluta disso aos 21 anos, carreguei sozinha a culpa de ser gordinha e feia por uns 15 anos!

Ok, too much drama! Than we can stop!


quinta-feira, 17 de março de 2011

A nostalgia vou curtindo sem querer, porque está faltando alguma coisa acontecer!


"Pois tinham vivido juntos o suficiente para perceber que o amor era o amor em qualquer tempo e em qualquer parte, mas tanto mais denso ficava quanto mais perto da morte."

[...]

" -E até quando acredita o senhor que podemos continuar nesse ir e vir do caralho?-perguntou.
Florentino Ariza tinha a resposta preparada havia cinquenta e três anos, sete meses e onze dias com as respectivas noites.
-Toda vida-disse."

Terminado o livro mais singelo que consigo me lembrar no momento!
"O Amor nos Tempos do Cólera" - Gabriel Garcia Marques.
Dá nostalgia, daquelas nostalgias das coisas que a gente nunca viveu ! Dá vontade de pensar que podia ter sido assim com meus avós, que talvez pudesse ser com meus pais mas que jamais em tempo algum poderia ter sido comigo!
É triste, mas a gente tem que admitir, hoje em dia ninguém espera mais de 1 mes amando sem ser correspondido. Muito menos se humilha mais do que umas 3 vezes. Quem diria escrever cartas de amor.
É...triste... liricamente triste, mas talvez seja só mais uma dos campos que a humanidade avançou! Não sei o quanto pode ser prejudicial NÃO ficar sofrendo pelos cantos, idealizando a pessoa amada, que no final das contas, vai ficar mesmo é ranzinza e feia que nem todas as outras. Talvez de fato seja melhor despender energia em coisas maiores, ainda mais pensando que, pelo menos á primeira vista, não há nenhum autor nos redigindo que garanta nosso final feliz proporcional e merecido ao número de lagrimas gastas!

Ok...abro mão do sofrimento e umilhação!
Mas queria historias de amor, nesse tempo em que nem se quer historias escreve-se mais!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

As próximas horas serão ainda melhores!

Estranho é ficar olhando fotos sem parar tentando prever o que vai acontecer!
Mais estranho ainda é estar calma com toda essa situação acontecendo e eu só feliz por ter acontecido!

A única coisa que talvez pudesse ser mudada é a prova de segunda, as provas pós carnaval e esse meu olho que doi e secreta como se nada disso fosse com ele!




"Nao vejo a hora de te encontrar, e continuar aquela conversa, que não terminamos ontem, ficou pra hoje. Estranho mas já me sinto uma velha amiga sua..."






quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

I could be right!

Pensando em poesias, mesmos que elas ainda não tenham voltado a falar comigo...elas nao foram feitas pra vidas desgastadas mas que de tão gastadinhas e vagarosas passam num andar gostoso e feliz! Debaixo da casquinha de neurose, estou com uma alma praticamente interiorana!


(...)
E essa crônica do cotidiano bizarro veio me visitar uma noite dessas, quando voltou a falar sobre coisas que nem lembrava mais ter guardado em lugar algum!
Se tivesse sido singelo assim eu com certeza reclamaria menos!

"Nada teria acontecido se ela não tivesse decidido deixar de visitar os pais no interior para procurar um promissor futuro médico para gastar seus dias. Não a teria conhecido se não tivéssemos entrado no mesmo ônibus, eu com um coração que ainda acreditava no mundo, ela com os olhos de águia que fixavam apenas aquele alvo. Só que quando percebi estávamos já desembarcando... ela com o futuro feito, e eu já não acreditando mais na bondade das coisas"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

You'll never be alone again!

Apenas precisava segmentar toda essa felicidade em pacotinhos pra que caibam todas dentro de mim, e pra que quando ela for se perdendo, nao se vá toda de uma vez.
Simplesmente não tem como se acostumar a tanta felicidade, depois da viagem mais incrivel de toda a minha vida é como se não tivesse mais espaço pra o resto da minha vida.
Aprender com pessoas é a melhor maneira de se aprender, se permitir roubar experiencias que ainda não são suas, vibrar dentro da vibração de outra pessoa.
Viagem jamais de cura mas de volta, back to were we belong...mas eu apenas não sabia como chegar.

Desfaço o drama de tudo que foi dito sobre a tristeza de nao se conseguir ser feliz sozinho, porque simplesmente não precisamos ter essa experiencia e ainda maior, talvez ela nem exista.
Talvez não exista porque ninguem de (fato) consciente de suas faculdades consegue a bolha perfeita. Nao precisamos da convivencia cotidiana e repetitiva da nossa rotina, apenas precisamos roubar um pouquinho do outro pra dentro de nós sempre, mesmo que esse outro sempre mude, e principalmente se esse nós também.

Cada ser é uma alegoria imensa e funcional a vida, cabe a nós entender cada conceito.
Eventos realmente enormes acontecem apenas algumas vezes em nossa vida, não nos é permitido deixa-los passar.


Por Camila Vaz (apenas tentando não disperdiçar os pacotinhos)