terça-feira, 10 de janeiro de 2012

but sometimes its a good hurt

....and it feels like i'm alive!


Mais uma vez sentada aqui na luz branca, passando a mente aleatoriamente em todas essas pessoas daí de fora. Tudo rápido como quem assiste tv num domingo a tarde, 3 segundos parada em cada pensamento/canal me basta para saber que a programação inteira não serve.
E não digo isso com desdém de quem foi deixado largado sozinho no sofá, num sofá de domingo a tarde por exemplo, mas com o espanto de quem passa a achar argumentos para duvidar da sua maior crença!
No meu profundo conhecimento de fossas cavadas em domingos a tarde começo a ver que na verdade talvez a gente não tenha sido feito pra essas coisas de enredo fantástico, de amor maior, de felizes para sempre, de paixão, de excessão a todas as regras. Essa crença cai, ficam as outras...
Quem sabe a crença maior não seja só estar viva e sobreviver a cada dia, sobreviver a todos os domingos, levando as responsabilidades, atravessando a rua pra completar a paisagem, estar no caos e odiar isso e e então na presença do ódio talvez temos a única prova cotidiana do amor: a presença incomoda do seu exato oposto- se odiamos é porque talvez um dia, na semana sem domingos, possamos também amar.

"Love hurts but sometimes its a good hurt and it feels like i'm alive", porque no momento sinto-me apenas atolada nesse marasmo do eterno domingo.